26.1.09

Saber comer para melhor… dormir

Sabia que a forma como dormimos depende também da forma como comemos? É verdade. Se pretende evitar insônias ou noites mal dormidas e, ainda, promover uma boa noite de sono, que otimizará o seu bem-estar físico e intelectual, saiba que a alimentação afeta a qualidade do seu sono, positiva ou negativamente.

Facilmente identificamos alimentos que nos "tiram" o sono, como o café ou o chá preto, ricos em cafeína ou xantina, ou outras bebidas estimulantes, como as colas ou o guaraná. Estas bebidas, para além de aumentarem os batimentos cardíacos, causam ansiedade e dificultam o estado de relaxamento necessário para o sono.

Evite-as perto da hora de dormir e, em alternativa, se não abdica do sabor e do conforto que estas bebidas lhe proporcionam, pode substituir o café pela sua versão descafeinada ou por cevada; o chá preto pode ter substituído por uma infusão de ervas, como cidreira ou camomila, que, pelo contrário, têm um efeito calmante. Lembre-se ainda que alguns medicamentos para dor de cabeça ou enxaquecas contêm cafeína.

Outro grande fator responsável por distúrbios no sono é fazer uma refeição pesada no jantar. Mais um motivo para não ingerir grande quantidade de alimentos e diminuir a ingestão de alimentos processados, condimentados e com alto teor de gordura.

E se ir para a cama com o estômago cheio não é boa ideia, também não se deve deitar com fome, pois isso também não vai deixá-lo dormir... O ideal é fazer a última refeição cerca de duas horas antes de dormir, se o alimento for sólido, ou uma hora antes, se for líquido.

A ingestão noturna de água também não deve ser excessiva, senão, por certo, vai interromper seu sono com uma ida ao banheiro... E quanto às bebidas alcoólicas, se há quem pense que têm um efeito relaxante, ou mesmo sedativo, e que, por isso, favorecem o sono, saiba que, a longo prazo, o álcool irá interferir nos padrões normais do sono. Portanto, evite o seu consumo.

Por outro lado, a ingestão noturna de alimentos que contêm triptofano (aminoácido encontrado em alimentos como a carne de vaca, aves, marisco, ovos, leguminosas, soja, queijo e leite), integrados numa refeição rica em carboidratos complexos, contribuem para aumentar os níveis de serotonina e melatonina, substâncias indutoras do sono.

Identificados os alimentos que podem interferir com o sono, e adaptando a sua alimentação, de forma a torná-la equilibrada, tendo em conta os horários e as quantidades ingeridas e a inclusão de alimentos que ajudam a relaxar, a insónia passará a ser coisa do passado, e você não mais precisará contar carneirinhos.

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