25.3.10

Os 10 mandamentos alimentares da grávida

O que não pode faltar no seu prato para garantir nove meses de bem estar, além de um bebê forte e saudável


1. Proteínas já!

Assim que a gravidez é confirmada, aposte em uma dieta à base de leite, ovos quentes, coalhadas, queijo fresco, carnes magras, peixe, frango, fígado, verdura e legumes, afinal a carne, os músculos e ossos do bebê necessitam de proteína para se formarem. O nutriente também é muito importante no terceiro trimestre de gestação, a fase de ganho de peso do seu filho. Vale lembrar que o queijo de leite fresco não pasteurizado é a melhor opção por afastar o risco de brucelose, doença crônica causada por laticínios contaminados por bactérias.

2. Coma para dois e não por dois

Não se deve dobrar a quantidade de alimento, mas sim garantir o aporte de nutrientes necessários para o desenvolvimento do feto. A gestante precisa de 1/6 a mais de calorias do que antes da gravidez. Se ela ingerir o dobro, vai ganhar peso demais. Portanto capriche nos legumes, verduras, cereais, carnes magras e faça refeições bem variadas, para garantir tudo o que vocês dois necessitam.

3. Esqueça o cafezinho

Café, chá preto, refrigerante de cola e alguns achocolatados, todos ricos em cafeína, dificultam a absorção do cálcio pelo organismo, além de estimularem o sistema nervoso central. Embora a toxicidade da cafeína não tenha ainda sido estabelecida para o feto, sabe-se que ela atravessa a placenta e por isso pode ser prejudicial.

4. Consuma (mais) cálcio

O mineral também é necessário para a formação de ossos e dentes do bebê, além de indispensável para o bom funcionamento do organismo materno. A cota diária recomendada durante a gravidez é 1200 mg por dia, o que equivale a três ou quatro porções. As fontes? Leite e derivados, sardinhas com osso, suco de laranja e vegetais verde escuros, que são os que contêm cálcio na melhor forma de aproveitamento pelo organismo. A gestante também pode reforçar a ingestão aproveitando as cascas dos ovos. Basta lavá-las em água corrente, assá-las no forno, triturá-las e polvilhar este pó na comida.

5. Peça peixe no terceiro mês

Principalmente salmão! Rico em ômega-3, o peixe vai deixar o bebê mais inteligente. É nesta fase que o sistema neurológico do pequeno está sendo formado e estudos recentes apontaram a ligação entre o nutriente e o cérebro infantil.

6. Não pule refeições

As calorias devem ser divididas por cinco ou seis refeições diárias, pois a digestão será facilitada, o intestino funcionará regularmente e os nutrientes serão bem aproveitados. Dessa forma, o metabolismo também é estimulado e a sobrecarga de energia com maior depósito de gordura é evitada. Caso você sinta enjôos matinais e pretenda pular o café da manhã, não faça isso! Ao acordar, é normal haver queda de pressão, já que a grávida passou a noite sem comer. Então, ela precisa se alimentar para equilibrar este quadro. Caso ela sinta enjôos, deve tomar um remédio indicado pelo seu médico, mastigar algumas bolachas salgadas (tipo água e sal) e permanecer deitada por cerca de 20 minutos. Logo ela poderá levantar e fazer o desjejum normalmente.

7. Prepare alimentos grelhados e assados

Afinal, as frituras devem ficar longe do cardápio para evitar o ganho exagerado de peso e as carnes cruas estão fora de questão. Os especialistas concordam que carpaccio, quibe cru, sushi, sashimi e similares proporcionam risco de intoxicação, amebíase, verminoses, salmonela... Risque do cardápio.

8. Deixe o saleiro longe

O sal provoca retenção de líquidos, o que a deixará inchada. No terceiro trimestre, o controle deve ser mais rigoroso para afastar o perigo da pré-eclâmpsia, a temida hipertensão na gravidez.

9. Fique de olho no açúcar também

O segredo para manter uma gravidez saudável é manter o equilíbrio, logo, controle o impulso de ter desejos por sorvete, bolos, chocolates e doces a toda hora. As guloseimas são ricas em gordura, que são difíceis de digerir e fermentam. E se você utiliza adoçantes, prefira os naturais, à base de estévia e sucralose. Os artificiais, como aspartame, ciclamato e sacarina podem causar má formação fetal.

10. Beba pelo menos dois litros de água por dia e nem uma gota de álcool

A água coloca o intestino para funcionar, melhora a circulação e contribui na produção de leite. Mas não é aconselhável a ingestão de líquido durante as refeições. Você não pode esperar sentir sede, pois se beber muita água de uma só vez, sobrecarregará os seus rins. Quanto aos drinques, os especialistas são unânimes: o álcool pode afetar o desenvolvimento do bebê, então brinde a alegria de ser mãe com suco de frutas sem açúcar!

2.3.10

O que você come na gravidez afeta a saúde do seu filho no futuro

Novo estudo comprova que incluir frutas e verduras no cardápio protege o bebê contra alergias

Assim que descobre que está grávida, todas as suas atitudes passam a influenciar diretamente na sua saúde e na do seu bebê. A escolha dos alimentos na gravidez é uma das mais importantes formas de garantir que seu filho seja saudável. Uma nova pesquisa japonesa, publicada na revista médica Allergy, comprovou que incluir frutas, verduras e legumes no cardápio protegem o bebê contra diferentes tipos de alergias.

Segundo os cientistas, os alimentos ricos em betacaroteno, como os vegetais verdes e amarelos e as frutas cítricas reduzem os riscos de o bebê ter eczema, um tipo de alergia de pele. Já, os alimentos com vitamina E, como amêndoas, castanhas e milho diminuem as chances de seu filho desenvolver alergias respiratórias. Para chegar a esse resultado, os cientistas avaliaram a alimentação de 763 mulheres durante a gestação, em seguida, analisaram a presença de sintomas alérgicos em seus filhos. O resultado mostrou que os bebês das mães que consumiram mais betacaroteno e vitamina E eram mais saudáveis. Confira o que vale a pena ter no seu cardápio como regra e o que é melhor evitar.

1 – Tome ácido fólico

Segundo especialistas, o ideal é que toda mulher em período fértil tome 400 mcg (microgramas) de ácido fólico todos os dias, principalmente três meses antes de engravidar - e continuem com o suplemento durante o primeiro trimestre da gravidez. O folato (ácido fólico), uma vitamina do complexo B, é fundamental para que a coluna do bebê se desenvolva corretamente, o que acontece nas primeiras quatro semanas de gestação, evitando defeitos do tubo neural, como falha no desenvolvimento do cérebro e medula espinhal. Além disso, estudos mostram que ele reduz também o risco de problemas cardíacos congênitos no bebê e a chance de um parto prematuro. Alguns alimentos, como os vegetais verde-escuros, caso do brócolis, contém esse nutriente, mas não em quantidade suficiente. Por isso, o composto vitamínico é essencial.

2 – Não coma por dois

Isso não quer dizer que você deva fazer regime na gravidez. Longe disso. Ao controlar o que você come, com uma dieta equilibrada você está preservando não apenas a sua saúde, mas também a do bebê. Estudos mostram que a obesidade da mãe, que pode ter como conseqüências diabetes gestaciona e pré-eclampsia, aumenta o risco de o bebê nascer com peso acima do normal e de a criança ter problemas metabólicos e de obesidade já na primeira infância.

3 – Inclua peixes, frutas e gorduras boas na dieta

Estudos revelam que mães que optam por uma alimentação rica nesses nutrientes previnem os filhos de ter asma e outras alergias. Alguns nutrientes da dieta mediterrânea têm capacidade antiinflamatória e antioxidante - como o tipo de gordura (ácido graxo e ômega-3), frutas, vitaminas -, diferentes daqueles com potencial alérgeno e inflamatório existentes na dieta ocidental, como os óleos de milho, soja e girassol (ômega-6). É nessa troca que pode estar a explicação para a redução do risco de alergia das crianças. E os benefícios se estendem ainda mais. Estudo realizado por Departamentos de Medicina dos Estados Unidos e da Dinamarca afirma que o ácido graxo ômega-3 encontrado nos peixes são importantes para a inteligência e o crescimento dos bebês.

4 – Fique longe de bebidas alcoólicas

O consumo de álcool durante a gravidez pode significar alterações cerebrais e outras malformações no bebê, algumas até irreversíveis. Pesquisas mostram que beber regularmente na gestação pode prejudicar a visão do feto – levando a criança a enxergar mal ou, pior, ficar cega. Outros danos também foram comprovados, como no desenvolvimento neurológico do bebê, o que pode comprometer para sempre a vida da criança no futuro.

5 – Reduza o consumo de cafeína

Estudos indicam que o consumo de mais de quatro xícaras de café por dia pode estar associado a bebês de baixo peso, além de afetar o sistema respiratório do feto. Isso porque, acredita-se que a cafeína atravessa facilmente a barreira placentária, chegando até o bebê. A redução no consumo de cafeína durante a gestação é fundamental, mas a grávida não precisa se desesperar. Ingerir uma quantidade alta de cafeína é prejudicial. Mas a gestante não precisa deixar de comer chocolate quando estiver com vontade. O que deve estar em mente é a dosagem. A palavra-chave é moderação.

6 – Coma fibras

Vegetais, frutas e cereais integrais devem estar presentes na sua dieta. Elas regulam todo o organismo, e agem principalmente no intestino, evitando a prisão de ventre, além de controlar o colesterol e os níveis de açúcar no sangue, o que ajuda a prevenir a diabetes gestacional. Estudo americano sugere que as fibrar reduzem ainda a chance de a grávida desenvolver pré-eclâmpsia. As gestantes consumam, pelo menos, 20 gramas de fibra todo dia, o que corresponde, por exemplo, a dois pratos de sobremesa de salada de folhas ou cinco frutas. As fibras também estão no arroz, pão integral, feijão e legumes.


A linhaça, por exemplo, pode, e deve, ser um item obrigatório na sua alimentação. A semente, rica em ômega 3, ômega 6 e fibras, também ajuda o seu intestino a funcionar melhor e auxilia na formação do cérebro e da retina do bebê. Outro benefício, comprovado por estudiosos, é que mulheres que ingerem a semente durante a gravidez e a amamentação têm filhos com mais facilidade de compreensão e memória. A ação antioxidante da linhaça no desenvolvimento cerebral da criança e ela tem mais facilidade para se concentrar.



7 – Tome mais leite

A necessidade diária de cálcio durante a gravidez aumenta 20%. Como o nutriente é imprescindível para a formação dos ossos e dentes do bebê, o próprio organismo da mãe absorve-o em maior quantidade nesse período. O ideal é ingerir quatro copos de leite por dia para suprir as necessidades de cálcio. É importante sempre optar pelo pasteurizado por não ter risco de conter microorganismos e bactérias.

8 – Fique longe de bactérias

Alguns alimentos devem ser excluídos do seu cardápio durante a gestação, como é o caso de peixes e carnes cruas. Doenças contraídas deles são especialmente perigosas. Um exemplo é a toxoplasmose, que coloca em risco a saúde do feto, provocando anomalias irreversíveis. Mel e palmito merecem atenção especial. Escolha o mel que tenha o selo SIF (Selo de Inspeção Federal), que garante sua qualidade e procedência. O caseiro pode conter bactérias, como as que causam o botulismo, infecção que compromete o sistema nervoso e pode levar à morte. O mesmo ocorre com o palmito, que deve ser fervido por dez minutos antes do consumo.

9 – Lembre-se dos alimentos com ferro

Esse sal mineral é essencial para a formação de alguns elementos do sangue, como a hemoglobina, presente nas células vermelhas. É a hemoglobina que transporta nutrientes e oxigênio para todas as células do organismo e, quando há carência de ferro, sua produção diminui. O resultado pode ser uma anemia. Durante a gestação, ela pode trazer consequências sérias para o bebê, pois diminui a oxigenação e a nutrição da placenta ficam reduzidas, colocando em risco o desenvolvimento do bebê, que poderá nascer com baixo peso. Esse nutriente está presente na carne vermelha, por exemplo. Para melhorar a absorção de ferro no organismo, combine alimentos ricos nesse nutriente com aqueles que têm vitamina C, como laranja, limão, pimentão.



10 – Consuma colina

Esse nutriente é encontrado em gemas de ovos, soja, gérmen de trigo e carnes. Segundo cientistas, ela tem uma relação com o desenvolvimento do tubo neural (cérebro e coluna) do bebê. Um estudo recente feito por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte revelou ainda que a colina desempenha um papel fundamental na região cerebral do bebê responsável pela memória.