31.1.09

O que pode ser feito para minimizar a ingestão de agrotóxicos?

Sabia que há diferenças enre os defensivos químicos utilizados nos alimentos? Alguns agrotóxicos ficam na casca, enquanto os chamados sistêmicos entram na seiva da planta e se alojam na polpa ou nos vasos lenhosos.

Pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), localizada em Piracicaba, no interior de São Paulo, sugerem que para eliminar os agrotóxicos de superfície em até 80%, o bicarbonato de sódio é a melhor pedida. Os agrotóxicos não resistem ao pH do bicarbonato de sódio, daí sua eficácia. A proporção é de 1 colher de sopa de bicarbonato para cada litro de água. Os vegetais devem ficar de molho por até 30 minutos e, depois, precisam ser lavados em água corrente.

O bicarbonato, entretanto, não funciona para os agrotóxicos sistêmicos, portanto, para estes, as dicas são as seguintes:

– tomate: quanto mais maduro, melhor. Os aditivos dissipam-se à medida que o tempo passa;

– batata, mamão, banana e laranja: retirar toda a casca é uma boa forma de diminuir os agrotóxicos;

– cenoura: limpar a casca com água e uma escova de cerdas macias;

– alface, morango e maçã: mergulhar em bicarbonato de sódio por 30 minutos.

Uma outra alternativa é o consumo de produtos orgânicos, mas eles não dão conta de atender toda a demanda e são acessíveis para poucas pessoas, principalmente pelo alto custo. Portanto, é interessante seguir as dicas anteriores para diminuir a quantidade de agrotóxicos nos alimentos que serão consumidos.

28.1.09

Sabia escolher os alimentos para ter uma memória de elefante

Se você anda mais esquecido e a sua memória não está na sua melhor forma, antes de culpar o stress do dia-a-dia, ou os anos que vão passando, saiba que a forma como se alimenta também tem impacto sobre a sua saúde e capacidade mental, podendo afetar a clareza do pensamento e a concentração, os níveis de inteligência, os reflexos e até a velocidade com que o cérebro envelhece, e uma boa alimentação com uma adequada ingestão de nutrientes é fundamental para o seu bom desempenho.

Então, se quer ficar com uma “memória de elefante”, deverá privilegiar o consumo de peixes como o salmão, o atum, a sardinha ou a cavala, ricos em ácidos graxos omega-3, envolvidos na regeneração das membranas que envolvem os neurônios. E deve também incluir na sua alimentação ovos, pois a gema contém colina, que é um precursor do neurotransmissor acetilcolina, que pode melhorar a memória e ainda fornece diversas vitaminas do Complexo B, como a tiamina, a niacina e o ácido fólico, que facilitam a comunicação entre os neurônios, facilitando o raciocínio e a memória.

Alimentos antioxidantes também ajudam na memória, já que ajudam a prevenir o envelhecimento das células contribuindo para boa saúde e vascularização do sistema nervoso. Os nutrientes com maior efeito antioxidante são as vitaminas A, C e E, os minerais zinco e selênio e os pigmentos fitoquímicos betacaroteno, licopeno e antocianinas, e que podemos encontrar nas frutas e vegetais amarelos, laranjas e vermelhos ou em legumes verdes. Também os cereais integrais, leguminosas e oleaginosas, por serem ricos em vitaminas do complexo B, notadamente ácido fólico e vitamina B6, melhoram as ligações entre as células nervosas.

O azeite é também uma escolha importante para quem pretende fortalecer a memória, pela sua riqueza em ácidos graxos monoinsaturados, que integram a membrana das células nervosas e aceleram a transmissão de informação entre elas, mas também pela presença de polifenóis e a vitamina E, antioxidantes que exercem efeito neuroprotetor. Mas todos os nutrientes têm importância para o cérebro, por isso deve sempre fazer uma alimentação variada, completa e equilibrada, que forneça todos os nutrientes necessários à saúde, pois assim, todo o organismo, e também a memória, funcionará melhor!

26.1.09

Saber comer para melhor… dormir

Sabia que a forma como dormimos depende também da forma como comemos? É verdade. Se pretende evitar insônias ou noites mal dormidas e, ainda, promover uma boa noite de sono, que otimizará o seu bem-estar físico e intelectual, saiba que a alimentação afeta a qualidade do seu sono, positiva ou negativamente.

Facilmente identificamos alimentos que nos "tiram" o sono, como o café ou o chá preto, ricos em cafeína ou xantina, ou outras bebidas estimulantes, como as colas ou o guaraná. Estas bebidas, para além de aumentarem os batimentos cardíacos, causam ansiedade e dificultam o estado de relaxamento necessário para o sono.

Evite-as perto da hora de dormir e, em alternativa, se não abdica do sabor e do conforto que estas bebidas lhe proporcionam, pode substituir o café pela sua versão descafeinada ou por cevada; o chá preto pode ter substituído por uma infusão de ervas, como cidreira ou camomila, que, pelo contrário, têm um efeito calmante. Lembre-se ainda que alguns medicamentos para dor de cabeça ou enxaquecas contêm cafeína.

Outro grande fator responsável por distúrbios no sono é fazer uma refeição pesada no jantar. Mais um motivo para não ingerir grande quantidade de alimentos e diminuir a ingestão de alimentos processados, condimentados e com alto teor de gordura.

E se ir para a cama com o estômago cheio não é boa ideia, também não se deve deitar com fome, pois isso também não vai deixá-lo dormir... O ideal é fazer a última refeição cerca de duas horas antes de dormir, se o alimento for sólido, ou uma hora antes, se for líquido.

A ingestão noturna de água também não deve ser excessiva, senão, por certo, vai interromper seu sono com uma ida ao banheiro... E quanto às bebidas alcoólicas, se há quem pense que têm um efeito relaxante, ou mesmo sedativo, e que, por isso, favorecem o sono, saiba que, a longo prazo, o álcool irá interferir nos padrões normais do sono. Portanto, evite o seu consumo.

Por outro lado, a ingestão noturna de alimentos que contêm triptofano (aminoácido encontrado em alimentos como a carne de vaca, aves, marisco, ovos, leguminosas, soja, queijo e leite), integrados numa refeição rica em carboidratos complexos, contribuem para aumentar os níveis de serotonina e melatonina, substâncias indutoras do sono.

Identificados os alimentos que podem interferir com o sono, e adaptando a sua alimentação, de forma a torná-la equilibrada, tendo em conta os horários e as quantidades ingeridas e a inclusão de alimentos que ajudam a relaxar, a insónia passará a ser coisa do passado, e você não mais precisará contar carneirinhos.

23.1.09

Sanfona sem causa?

Se os ponteiros da balança estão se mexendo sem motivo, cheque a tireóide.

Esta glândula é responsável por controlar o metabolismo corporal. Alterações nesse sistema podem levar ao hipotireoidismo, baixa no funcionamento da glândula ou ao hipertireoidismo quando ocorre o aumento do metabolismo.

Reconheça os sintomas mais comuns desses dois tipos de distúrbio.

>> HIPOTIREOIDISMO
. Fraqueza, fadiga e dores no corpo;
. Depressão e esquecimento;
. Intolerância ao frio;
. Cabelos e unhas quebradiços;
. Ganho de peso (sem grande consumo de alimentos);
. Sonolência;
. Alterações menstruais;
. Elevação do colesterol.

>> HIPERTIREOIDISMO
. Taquicardia;
. Sudorese;
. Insônia
. Nervosismo;
. Agitação;
. Aumento da pressão arterial;
. Perda de peso;
. Exoftalmia (protusão do globo ocular para fora).

16.1.09

Diminuindo a barriguinha

A ingestão de grandes volumes de alimentos e líquidos aumenta o volume do estômago. Ele torna-se capaz de armazenar uma maior quantidade de alimento e faz com que você precise comer mais para se sentir saciado.

Para que o processo de dilatação do estômago seja revertido, ou seja, para diminuir o seu tamanho e também para “queimar” a gordura localizada é necessário um programa de reeducação alimentar, baseado em um maior fracionamento da oferta alimentar, distribuída preferencialmente em 3 refeições principais pouco volumosas (desjejum, almoço e jantar) e 3 pequenos lanches intermediários (lanche da manhã, lanche da tarde e ceia), compostos de alimentos de baixo valor calórico.

Em complemento ao controle alimentar é indicada a prática de exercícios aeróbicos, de preferência por mais de 30 minutos, 3 a 4 vezes por semana. Esses exercícios ajudarão a queimar a gordura armazenada.

Um outro fator causador do aparecimento da barriguinha é o mal funcionamento intestinal. Para regularizá-lo é indispensável uma elevada ingestão de líquidos, principalmente água, na quantidade mínima de 2 litros ao dia. A ingestão de fibras, presentes nos legumes e verduras (de preferência crus), frutas com casca ou com bagaço, grãos integrais, farelos, aveia, arroz integral e leguminosas, também deve ser elevada.

O maior fracionamento da dieta também contribui para um melhor funcionamento intestinal, uma vez que com ele o estímulo da função intestinal será constante.

Dieta elevada em gordura prejudica o fígado dos bebes

O consumo de uma dieta rica em gorduras saturadas durante a gravidez, tanto nas mulheres obesas como nas mulheres magras, pode estar relacionado com o aumento da ocorrência de fígado gordo nas crianças.

Pesquisadores alimentaram macacos com uma dieta normal saudável ou com uma dieta elevada em gorduras saturadas. Assim como nos humanos, alguns dos macacos que ingeriram a dieta elevada em gorduras saturadas desenvolveram excesso de peso, enquanto outros mantiveram o peso corporal normal.

Contudo, quando os investigadores analisaram as crias, observaram que todas as crias dos animais que consumiram a dieta rica em gordura tinham sinais de fígado gordo.

O estudo, publicado na “Journal of Clinical Investigation”, descobriu que todos os bebes da dieta rica em gordura, independentemente das progenitoras serem obesas ou magras, tinham uma gordura corporal mais elevada, em comparação com as crias dos animais que consumiram uma dieta baixa em gordura.

A investigação também demonstrou que alimentar animais obesos com uma dieta reduzida em gordura protegeu as crias de desenvolverem fígados gordos.

6.1.09

Sementes de uva contra o câncer

Cientistas da Universidade de Kentucky (Estados Unidos), demonstraram que um extrato feito com sementes de uva é capaz de matar 76% das células da leucemia em um período de 24 horas.

Outras pesquisas já haviam demonstrado que o extrato da semente de uva é eficaz no combate a células de outros tipos de câncer, como pele, mama, intestino, pulmão, estômago e próstata. A atual pesquisa concentrou-se na leucemia, vulgarmente conhecida como "câncer do sangue".

Apoptose
As sementes de uva contêm grandes quantidades de antioxidantes, conhecidos por sua ação em diversos processos metabólicos, o que tem sido demonstrado em pesquisas que analisam diretamente o consumo de uvas e até mesmo a ingestão de vinho.

As células cancerosas foram mergulhadas em doses do extrato altamente concentradas, o que fez com que a maioria delas iniciasse um processo chamado apoptose, uma espécie de morte programada da célula.

A atuação do extrato se deu pela ativação da proteína JNK, que participa do processo de regulação do mecanismo de autodestruição celular. Para comprovar o mecanismo de ação do extrato de sementes de uva, os cientistas acrescentaram à solução um agente que inibe a proteína JNK. Isto fez com que o processo de apoptose não se iniciasse, mantendo as células cancerosas vivas.

Medicamentos contra a leucemia
Os cientistas afirmam que ainda é cedo para que se recomende às pessoas a ingestão do extrato de semente de uvas para o combate ou a prevenção ao câncer. Mas eles estão entusiasmados com os resultados e afirmam que a pesquisa abre um novo caminho para o desenvolvimento de medicamentos mais eficientes contra a leucemia.

A pesquisa foi publicada na revista científica Clinical Cancer Research.

Anticoncepcional sem hormônios

Uma proteína que desempenha um papel crucial na concepção pode ser o elemento que faltava para a criação de um anticoncepcional que não mexa com os hormônios das mulheres.

O revestimento dos óvulos dos mamíferos contém uma proteína chamada ZP3, à qual o espermatozóide deve se ligar para ser capaz de atravessar o revestimento e fertilizar o óvulo.

Pesquisadores descobriram que as fêmeas de camundongo geneticamente modificadas para não apresentarem a proteína ZP3 em seus óvulos tornaram-se inférteis. Os pesquisadores também já sabiam que as mulheres com níveis anormais de ZP3 apresentam problemas de fertilidade.


Infertilidade temporária
Agora, o grupo do pesquisador Luca Jovine, do Instituto Karolinska (Suécia), utilizou uma técnica chamada cristalografia de raios X para analisar a estrutura química da proteína ZP3 e descobrir suas propriedades estruturais.

Como a proteína ZP3 equivalente nos humanos é semelhante à dos camundongos, Jovine afirma que será possível projetar medicamentos que se liguem à ZP3, evitando a formação do revestimento do óvulo e tornando a mulher temporariamente infértil.


Anticoncepcional sem efeitos colaterais
Uma pílula anticoncepcional com este princípio de funcionamento evitará alguns dos maiores efeitos colaterais dos anticoncepcionais atuais, que atrapalham a produção de hormônios em todo o organismo da mulher.

A pesquisa Crystal structure of the ZP-N domain of ZP3 reveals the core fold of animal egg coats foi publicada na revista Nature.

Intoxicação Alimentar: doença comum no verão

A intoxicação alimentar ocorre ao se ingerir alimento contaminado por bactérias. A temperatura e a umidade criam condições favoráveis para a multiplicação dos "bichinhos". Além disso, nesta época do ano é comum as pessoas ingerirem mais alimentos nas ruas, sem saber a procedência e condições higiênicas.

As bactérias mais comuns envolvidas na intoxicação alimentar são:

a) Clostrídeos: geralmente disseminadas pelas moscas. Estão presentes no ar, poeira e chão.
Uma das intoxicações mais graves causadas por esta bactéria é o Botulismo. Ao invés de atacar o intestino como os outros tipos, ela age no sistema nervoso, podendo levar o indivíduo à morte devido à paralisia respiratória. Pode ser encontrada em conservas como pickles, palmitos, milho, ervilha, patês.

b) Salmonella: contamina todos os tipos de carnes (branca ou vermelha) e ovos.
A contaminação ocorre no animal, antes do mesmo ser abatido. O cozimento completo do alimento destrói totalmente as bactérias nocivas: por este motivo é proibido oferecer ovos com gema mole.

c) Estafilococos: está presente na superfície da pele humana, principalmente em torno do nariz e machucados. Um corte na mão ou braço da pessoa que prepara a refeição pode contaminar a refeição toda se os alimentos não forem cozidos em temperatura de 60°C durante no mínimo de 30 minutos.

Náuseas, franqueza, dores de cabeça e abdominal, vômitos, além de diarréia são os sintomas da intoxicação. No caso do botulismo, há também a visão turva e a paralisia aguda (incluindo a respiratória).

Quando o problema é diagnosticado, o foco do tratamento é a hidratação, pois muitos líquidos são perdidos com vômitos e diarréia. Recomenda-se ingerir muita água de coco e chá de ervas claras como camomila e erva doce.

Neste período de recuperação, não se deve consumir alimentos como leite e derivados, açúcar, refrigerantes, sucos de frutas laxativas (laranja, mamão, tangerina, entre outros), além de comida crua e verduras cozidas.

O ideal é optar por uma dieta leve: sopas de legumes, canja, purês sem leite, legumes bem cozidos (batata, chuchu, cenoura), biscoito de água, torradas, para que a desintoxicação ocorra.

Em crianças, a doença pode ser mais intensa, pois os pequenos possuem o sistema imunológico frágil (em desenvolvimento). Ao perceber uma intoxicação alimentar, deve-se procurar um serviço médico de emergência e oferecer muito liquido para evitar a desidratação, principalmente o soro caseiro que é uma ótima opção.

3.1.09

Genes ligados à obesidade alteram diretamente o cérebro, mostra estudo

Acabam de ser descobertas seis variações genéticas associadas com a obesidade. Pessoas portadoras dessas mutações têm índice de massa corporal, um importante marcador de obesidade, aumentado.

Essa foi a conclusão de um estudo, publicado na revista "Nature Genetics", por um grupo de pesquisadores que reúne mais de 60 universidades e órgãos governamentais europeus e norte-americanos. O grupo estudou o perfil genético de mais de 90 mil pessoas de origem européia em vários países.

O que chamou a atenção dos cientistas foi o fato de as mutações genéticas alteram as funções cerebrais ligadas à saciedade e quantidade de alimentos ingeridos. Habitualmente o foco dos estudos aponta para o metabolismo das gorduras e o gasto energético do organismo.

Contribuição genética

O reconhecimento do fator genético na obesidade ou mesmo no excesso de peso começou em 2007. Estudos com gêmeos idênticos apontam para uma contribuição da herança genética entre 40% e 70% para o problema.

A obesidade está associada a um risco aumentado do desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes, com conseqüências graves para os indivíduos e a sociedade. Por conta disso, muitos travam uma batalha diária contra a balança.

Conhecer os processos biológicos que estão por trás da questão da obesidade é importante para que se evite uma abordagem simplista que penaliza os indivíduos obesos. Muitas vezes o entendimento da sociedade é de que os gordinhos são pessoas sem disciplina ou sem força de vontade.

O reconhecimento de que o cérebro está envolvido diretamente no processo pode explicar porque muitas pessoas simplesmente comem mais do que deviam sem que isso tenha relação direta com a saciedade. Pesquisas como essa podem abrir portas para novas estratégias de tratamentos e o desenvolvimento de novos medicamentos.

Fonte: G1

Os refrigerantes à base de cola podem causar algum efeito nocivo para o organismo humano se ingeridos frequentemente?

Sim. O consumo de refrigerantes à base de cola e suas possíveis conseqüências já vêm sendo estudados há anos. Embora a maioria dos resultados condene esta bebida, os autores ainda sugerem mais pesquisas a respeito.

São diversos os estudos que relacionam perda de massa óssea ou diminuição da densidade mineral óssea e aumento da calciúria com o excesso de consumo de bebidas do tipo cola. Tais refrigerantes contêm cafeína e ácido fosfórico. Este último é considerado um “ladrão de cálcio” pois, solúvel em água, sua parte aniônica pode se ligar aos cátions do cálcio presentes em qualquer lugar do corpo. Parece, inclusive, que a combinação das duas substâncias é a grande causa destes efeitos, que são associados ao aumento de fraturas ósseas principalmente em mulheres, mesmo adolescentes fisicamente ativas.


Segundo alguns autores, talvez não se possa afirmar com certeza que isto é causado pelos componentes que a bebida tem, mas pelos nutrientes que ela não tem, necessários à saúde dos ossos. Afinal, cada vez mais esses refrigerantes estão substituindo o consumo de leite e outras fontes de cálcio.


Pesquisadores norte-americanos mostram um aumento significativo do consumo de refrigerantes em geral e bebidas adoçadas. Em 10 anos, a ingestão aumentou 61% em adultos e mais que dobrou entre adolescentes e crianças. Evidências associam este fato ao aumento da obesidade infantil.


Além de contribuírem para a obesidade, os refrigerantes ainda podem aumentar o risco do desenvolvimento de diabetes tipo 2, por conter altas quantidades de açúcar. Aqueles à base de cola, que contém corante caramelo, possivelmente aumentam a resistência à insulina.

Os prejuízos atingem também a saúde bucal. Tais refrigerantes diminuem significativamente a microdureza do esmalte dos dentes. Devido ao seu pH ácido, provocam uma desmineralização do esmalte dental. O consumo dessas bebidas, portanto, aumenta o risco do aparecimento de cáries.

2.1.09

Consumo de grãos previne e trata o diabetes causado pela alimentação e obesidade

O consumo regular de grãos integrais reduz de 20% a 40% as chances de desenvolver o diabetes tipo 2, que tem causas relacionadas à má alimentação e à obesidade - e que, nos últimos anos, vem se tornando uma epidemia global. Os grãos contêm fibras e magnésio, e seu consumo ajuda a controlar a glicemia de diabéticos tipo 2, inclusive permitindo a redução da quantidade de medicamentos necessários ao tratamento.

Diabetes Tipo 2
O diabetes é definido pelo aumento anormal do nível basal de açúcar ou glicose no sangue. Os tipos mais comuns de diabetes são o 1 e o 2. O tipo 1 se desenvolve subitamente devido a uma reação auto-imune. Os diabéticos do tipo 1 não conseguem produzir insulina. O tipo 2, influenciado pela alimentação e pela obesidade, se desenvolve ao longo do tempo. Infelizmente, ele vem se tornando uma epidemia global, mas o consumo regular de grãos integrais pode ajudar a preveni-lo.

Quem está em risco?
O diabetes tipo 1 geralmente surge na infância e por isso costumava ser chamado de diabetes juvenil. O tipo 2, por outro lado, está relacionado ao excesso de produção de insulina decorrente do pouco efeito da ação deste hormônio no organismo. Ele é muito mais comum em pessoas com sobrepeso ou obesas. Embora o tipo 2 já tenha sido chamado de diabetes adulto, hoje é diagnosticado até mesmo em crianças com menos de 10 anos.

Pré-condições para o diabetes tipo 2
O diabetes tipo 2 não surge da noite para o dia. Antes de aparecer a doença, quase sempre as pessoas desenvolvem o "pré-diabetes" ou "intolerância glicêmica" - quadro em que o corpo se torna pouco capaz de absorver os carboidratos ingeridos (especialmente os açúcares simples) e desenvolve resistência à insulina. Essas anormalidades acabam levando ao desenvolvimento do diabetes tipo 2. O consumo de grãos integrais pode interferir tanto na intolerância glicêmica quanto na resistência à insulina e desempenhar um papel importante no tratamento e na prevenção do diabetes.

A fibra e o controle das taxas de açúcar no sangue
Pessoas que mais consomem grãos integrais são as que apresentam menor nível de insulina em circulação e maior sensibilidade à insulina. Algumas pesquisas mostram que quanto maior o tamanho do grão, maior o tempo de sua digestão e mais lento o aumento do nível de glicose no sangue. Isso faz que haja menos insulina em circulação e aumenta (ou ajuda a manter) a sensibilidade do organismo à insulina.

Os grãos ricos em fibras solúveis, como aveia, centeio e cevada, mostraram-se mais eficientes no aumento da sensibilidade à insulina do que aqueles ricos em fibras insolúveis, como trigo integral e trigo-sarraceno. Outros grãos, como milho e arroz branco, não exerceram impacto relevante na sensibilização à insulina. Isso levou alguns pesquisadores a comparar os efeitos de grãos diversos, com quantidades diferentes de fibra.
Substituir o consumo de fibras insolúveis por solúveis pode baixar significativamente os níveis de açúcar e de colesterol no sangue.

Um efeito combinado
Além de ricos em fibras, os grãos integrais são uma fonte excelente de magnésio. Acredita-se que esse mineral seja fundamental para a prevenção e o tratamento do diabetes tipo 2. Portanto, ainda não se sabe se é a fibra ou o magnésio o fator positivo contra a doença. O mais provável é que seja uma combinação de ambos. Entretanto, podemos simplesmente usufruir dos grãos integrais, cujos efeitos estão comprovados.

Fonte: Folha de São Paulo